quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Em 2009


Hoje estava pensando nesse ano tão importante. É como como se nossa vida estivesse dividida em duas: Antes e depois de 2009.
Em 2009 Thais Felix assumiu o parentesco com Seu Lunga e foi escolarecido o porquê de tanta delicadeza vindo desta que nos diverte tanto com seu bom humor. Nessa mesma época, construía sua carreira latifundiária de vestibulares. Já fazia danças exóticas e hoje depois de muito sucesso superou seu medo de sangue e depois de passar em 482 vestibulares, faz Enfermagem.
Ana Celia ainda tinha esperança de crescer, não pegava maiores de idade, se desequilibrava no mar e tinha medo da pica-dura de um peixe. Hoje ela superou a pedofilia, faz Geografia e continua a perder, quebrar e danificar todas as coisas existentes no mundo.
Tulio Altobelli já 'dizia o que pensa' (comercial da avon) e mandava professores à merda, imitava gatos, escalava paredes e virou um pimentão ao ganhar a gincana. Hoje ele faz Psicologia, fala italiano, mas nada disso o impediu de ficar mais maluco que antes. Adora ovos com bacon.
Em 2009 os seios de Amanda Alves já não cambiam em sutiãs normais, ela já inventava bordões, não se dava bem com os pais, passava o dia na internet e começava sua coleção de emotions que hoje são referencia mundial. Só esse ano é que ela arrumou um emprego e luta para ser gente.
Palloma Rodrigues falava com bolsas de cachorros, treinava para a maratona de São Silvestre ao ir pro liceu a pé e estudava pro vestibular lendo os livros de Crepúsculo. Hoje faz Geografia, fez carreira como Vanessa da Mata após uma aparição na Praia de Caponga em 2010 chegando ao auge da carreira em um show no Crato e abriu uma borracharia.
Leandro Lima chorava ao beber vodka, fazia polêmica e fez a pergunta que calou a humanidade: "É verdade que quando uma pessoa fede, ela não sente?". Ele já trocava a ordem das letras nas palavras e já não gostava de Fabio Junior por ele ter caspa. Hoje faz Serviço Social, virou marxista, segue fazendo perguntas, continua com seu sarcasmo e cara de pau que nos faz feliz sempre. Ainda chora quando bebe muito.
Patrícia Duarte não bebia, era a mais responsável de todos e já tinha bom gosto musical. Hoje ela faz Direito e bebe mais do que Eu. Atualmente está solta na buraqueira, o que me levou a salvar o seu contato com o nome de Patricia Buraqueira no meu celular.
Alisson Alves andava de bike, saqueava casas, comandava o tráfico na cohab, já era ateu e lançava ainda nesse ano o livro 1000 maneiras de Carregar uma Panela de Muncunzá. Hoje faz Economia, trabalha pro prefeito, tem um celular chic e uma moto POP. Cresceu na vida. A cabeça continua muito grande.
É pessoal, algumas coisas mudaram tanto, outras coisas ainda parecem iguais. Mas sabe, uma coisa que não muda nunca é que não importa o quanto cada um mude, evolua ou continue o mesmo, estarmos juntos é o que sempre importou e é isso que nunca vai mudar...
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Em tempo, faltou eu, Thais Felix fez:
Erick Willer assim como Alisson já era ateu, mas clamava a Deus mais do que eu no dia! Entrou pro PT com a esperança de ir pra Cuba fazer medicina... resultado, passou foi longe de Cuba, mas virou um COMPANHEIRO(como eles se chamam), tomou gosto pela coisa.  Da medicina passou longe tambem, hoje ele faz Historia(muito realizado obrigado). Detestava Marta e suas aulas, foi assaltado 378 vezes, e ainda dança forró dando voltas em torno do seu próprio eixo. Me fez chorar com um video de aniversário(e olhe que isso não é coisa fácil), e continua me fazendo chorar  a cada texto publicado, principalmente no dia do meu aniversario quando estou depressiva.  Me chamava de cara quando conversava comigo, as vezes achava que eu era homem, mas eu relevava, agente se entendia.

domingo, 6 de novembro de 2011

Sobre a Inauguração

Na última sexta-feira, foi inaugurado no nosso campus o novo auditório, a residência universitária e o RU. As obras entregues fazem parte do Programa de Expansão das Universidades Federais. Nosso campus foi criado em 1981 e em 2011 olhamos e vemos que temos todo o potencial pra ser gente grande.

Enquanto estudante do curso de História e acho que falo por todos, estamos todos satisfeitos com a nova estrutura do campus. Claro, falta muita coisa, mas enfim, falamos disso em outro momento.

Ás 17 horas, tudo pronto, tudo muito bem, tudo muito bonito, dondocas arrumadas (algumas fantasiadas de animais silvestres), autoridades políticas municipais (sim, Gil Paraibano estava entre nós, que dia glorioso) e estaduais, a Diretora do campus Hercília Maria Lins Rolim Santos e o Magnífico Senhor Reitor. Ah sim, no meio disso tudo tinha a presença humilde de uma professora da UESPI. A imprensa estava lá. TV Picos, alguns jornalistas. O circo, digo, a festa estava completa.

Sim, os alunos, essa gente sem classe, também estavam lá. Quando menos se espera, alguns alunos do Curso de Nutrição, da nossa querida Diretora, entram no nosso novo rico auditório com cartazes tão pobres, feitos á pincel falhado e papel barato. Gritando horrorosamente: “paredes não dão aula!”. Que coisa feia!

Isso foi o que passou na cabeça da alta sociedade presente, e sinto em dizer, em alguns dos muitos alunos presentes também, inclusive alguns alunos no próprio curso de Nutrição. Salvo, tenho certeza, os conscientes da História e dos demais cursos e os bravos de Sistemas de Informação, que prepararam ali os seus próprios cartazes e as suas reclamações.

Ignorância a minha, militante do movimento estudantil do campus, não saber antes da situação do curso de Nutrição. Mas, segundo os alunos presentes, a falta de professores no curso é alarmante. Ou seja, manifestação legítima e eu e alguns outros, de outros cursos, estávamos lá, dando o maior apoio enquanto as autoridades apenas nos ignoravam.

Enquanto o Reitor falava, ouvia-se vaias da maioria dos estudantes e palmas fervorosas de quem não era estudante, por estes quero dizer, a nobreza que estava esperando ali a hora de jantar no RU. Enquanto isso, a TV Picos percebeu que não poderia abafar o acontecido e só depois filmou os estudantes, não sei se foi ao ar.

A Diretora subiu ao palco do auditório extremamente vaiada. Fosse eu, tinha saído correndo pra casa chorar. Mas discursou, e não fez referencia alguma á manifestação. Um representante do DCE também subiu ao palco e infelizmente fingiu também não notar os estudantes. Decepcionante.

Na segunda fala do Reitor, no seu discurso, não houve como evitar. “Os dele” que estavam lá, nos olhavam de cara feia e de nojo. As dondocas batiam palma cada vez que saia um ar da boca dele. Mas os estudantes não se calaram. Uma gritou: “Na sua casa tem professor, aqui não tem”. Visivelmente irritado, o Reitor chama a estudante de mal educada e como se não bastasse ter dito esse absurdo, ainda enche o peito pra falar que na casa dele tem dois professores, o pai e a mãe. Enquanto a nobreza ria da piada de muito mau gosto e da desmoralização gratuita á uma estudante que se manifestava legitimamente por uma educação acadêmica melhor, os estudantes lamentavam por na casa do Reitor haver mais professores por metro quadrado do que no curso de Nutrição.

Enquanto a esse episódio último, quero parabenizar essa estudante. Você, uma das poucas do seu curso, foi brava e forte. Uma pessoa que faz o que você fez, que se manifesta em favor não só da própria educação, mas pelo de seus colegas também, que exprime sua voz em benefício dos estudantes e da educação só pode ter uma das melhores instruções que se pode ter. Eu, enquanto futuro professor, só desejo ensinar aos meus futuros alunos, exatamente isso.

Em sua fala, o Reitor tenta desmoralizar também a manifestação. Aponta um dos cartazes em que dizia “Estrutura 10, Professor 0” para agradecer o “reconhecimento dos estudantes”. Acho que ele só conseguiu ler a primeira parte do cartaz. Fala da contratação de professores e reconhece que ainda não é o suficiente. Apresenta um fato novo pra mim (peço que alguém me atualize). Dizia ele, que alguém, enviou uma denuncia ao Ministério Público pra investigar á universidade, pois se estaria comprando carros luxuosos para o campus. Tudo ficou confuso, até mesmo pelo barulho e de o Reitor se embaralhar na fala. O que eu sei é o que se fala, que tem algum ou alguns veículos que são alugados. Continua seu discurso e arranca palmas. Infelizmente, de alguns estudantes também.

A inauguração continua e segue seu caminho ao RU. O Reitor caminha com a Diretora e se aproximam de mim, enquanto o Reitor fala “reclamam do ônibus, pois vamos tirar o ônibus”. Tive que intervir. Disse que não é bem assim, falei que ele estava se confundindo, pois nenhum aluno em hipótese alguma, reclama do ônibus da universidade e que isso seria loucura, pois o transporte público de Picos é uma vergonha, seja pelo preço ou pela qualidade no serviço.

Ele, nervoso, agora tenta dizer que aqui os alunos reclamam de barriga cheia. Argumentei de que os alunos estão pedindo professores. Ele perguntou de curso eu era, e respondi. Disse que sou da História e que não tenho absolutamente do que reclamar (claro que eu tenho), mas a Nutrição precisa de professores e que essa é a reclamação da manifestação e que por tanto legitíma. Enfim, a Diretora entra na conversa e diz que foram contratados 2 professores pra Nutrição na semana passada e o Reitor afirma novamente que contrata professores mas eles que não querem ficar no campus.

Ora, retruquei. Mas é claro, se os professores chegam aqui e não encontram na cidade a mínima estrutura pra morar, viver, criar seus filhos, eles vão chegar e vão embora mesmo. Picos pelo porte que tem devia ser muito mais do que se apresenta. E não é só pela cidade, o professor tem uma carga horária sobrecarregada, a Universidade só oferece o mínimo quando muito pra pesquisa e tem que garantir as condições para o professor se estabelecer na universi... Antes que eu terminasse a minha fala ele disse: “Você está enganado, compare. Olhe Bom Jesus, ali é um buraco”. Depois ele simplesmente resolveu não mais me ouvir, virou as costas e partiu.

Acho que o Reitor está completamente enganado em relação a Bom Jesus. Não conheço a cidade, mas um lugar que tem um dos maiores números (per capita) de Doutores no Brasil (ver aqui)é um lugar perfeito para trabalhar. Principalmente se você é professor na universidade, imaginem os recursos, as possibilidades, enfim...

Concluindo meu texto, fazendo o balanço de todo o ocorrido tiro alguns apontamentos para os alunos e outras pessoas que não se posicionaram a favor do movimento. Hoje temos um RU, auditório novo, novas salas, residência universitária e um pá de coisas, mas tudo isso não foi construindo porque o Reitor é de infinita bondade. Prestem atenção no uso político das obras e em que se nortearam todos os discursos da noite. Lembrem-se que estamos chegando perto das eleições para Reitor, lembrem-se que estamos numa universidade pública e que os recursos provem do Governo Federal, dos nossos impostos e não da mão abençoada do Reitor. Tudo o que o que o Reitor inaugurou, é apenas o trabalho dele, que ele tem a obrigação de fazer. Saibam que o nosso magnífico, almejando o Guinnss, é o primeiro reitor da UFPI e de Universidades Federais brasileiras a responder ao mesmo tempo a seis Procedimentos Administrativos Disciplinares e a três Ações Civis Públicas (ver aqui). E por fim, como bem disse um: "tijolo não dá aula".

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Capas De Discos Preferidas

Foi muito difícil escolher, quase tão difícil como escolher um filho. No início ia escolher só 5 capas, mas não consegui. Aqui vai as minhas capas de discos preferidas. Clique na imagem para ampliar.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

VIII Encontro de História Oral do Nordeste



De 10 a 13 de maio Teresina será a capital nordestina de História Oral. O VIII Encontro sobre o tema terá suas atividades concentradas no campus da Universidade Federal do Piauí e reunirá grandes especialistas no assunto. A programação conta com pôsteres, minicursos, conferências, mesas redondas e simpósios temáticos.
O VIII Encontro de História Oral da Região Nordeste cujo tema é Memórias, Saberes e Sociabilidades, convida pesquisadores, professores e demais interessados para discutir a relação entre história e memória, história oral e memória, expressões que suscitam profundas discussões teóricas e epistemológicas, que a cada momento questionam as práticas do historiador, pois este ao lidar com as memórias individuais e coletivas, oficiais e subliteradas, como fontes históricas, podem interferir na rede de saberes, historicamente erigida e ao mesmo tempo criar outras formas de sociabilidades, que são resultantes das formas de agir e interagir dos grupos sociais, bem como das vivências coletivas.
Fonte: Vermelho
Para mais informações acesse o site do evento aqui .